27 de fev. de 2017

Falecimento de Garfield



Nota de falecimento: Eugene Garfield
Com pesar informo que Eugene Garfield faleceu em 26 de fevereiro de 2017. Nascido em New York, em 16 de setembro de 1925, Garfield foi um dos pioneiros da bibliometria e um dos divulgadores do índice de citação. Publicou inúmeras obras e foi o fundador do Institute for Scientific Information (ISI), organização que publica o Science Citation Index.
Maiores detalhes sobre o grande profissional podem ser encontrados no seu site oficial, no URL: http://www.garfield.library.upenn.edu/


3 de fev. de 2017

A biblioteca de meio bilhão de dólares que cuidará do legado de Obama

Autoria: Mariana Santos.
Fonte: BBC. Data: 17/01/2017.
Documentos e objetos referentes aos oito anos de mandato do democrata estão sendo transportados há meses para um depósito, mas a construção da biblioteca que levará o nome do primeiro presidente negro americano e que abrigará esses arquivos só ganhará impulso a partir de sua saída da Casa Branca.
Distante da Presidência, o habilidoso levantador de fundos Obama deve concentrar esforços em conseguir recursos para a obra, que, além da biblioteca, contará com museu e área para eventos.
E o primeiro ano após deixar o cargo, dizem especialistas, será crucial para esta empreitada.

Tecnologia de ponta

Previsto para ser um espaço com tecnologia de ponta para entreter os visitantes, o prédio será erguido na região sul de Chicago a um custo estimado pela imprensa americana em pelo menos US$ 500 milhões (R$ 1,6 bilhão), com alguns falando em até US$ 1 bilhão (R$ 3,2 bilhões).
Mas Obama não vai começar a campanha de arrecadação do zero. Discreta, a articulação para tocar o projeto da biblioteca presidencial começou ainda no início de seu segundo mandato.
Em janeiro de 2014 o presidente criou a Fundação Barack Obama, que passou a arrecadar fundos em seguida.
Mas em seus dois primeiros anos de existência, a fundação conseguiu levantar tímidos US$ 7,5 milhões - os valores doados em 2016 ainda não foram revelados. A expectativa é, no entanto, que essa quantia dispare no momento em que ele deixar a Presidência.
Martin Nesbitt, diretor da fundação e amigo de Obama, explicou em julho passado que, enquanto o democrata estivesse no cargo, as doações teriam valores limitados e ficariam reduzidas a um "pequeno grupo de amigos e apoiadores de longa data do presidente".
A partir de agora, a fundação poderá aceitar doações de empresas e pessoas físicas e jurídicas estrageiras. Entre os principais doadores da biblioteca devem estar os mesmos entusiastas das duas campanhas de vitoriosas de Obama.

Conflitos de interesse

Embora ainda esteja no início da arrecadação, a Fundação Obama não tem escapado das críticas de organizações que pedem mais transparência na política americana.
Jantares e encontros que Obama e a esposa, Michelle, promoveram com potenciais doadores despertaram questionamentos sobre um possível conflito de interesses e trouxeram à tona o debate sobre a lei que permite com que as fundações presidenciais não revelem o nome de seus doadores nem as quantias doadas.
Levantamento divulgado no ano passado pela organização MapLight, que pesquisa a influência do dinheiro na política americana, revelou que, dos 39 doadores divulgados pela Fundação Obama até aquele mês, 15 participaram de encontros reservados com o presidente na residência oficial.
"Um dos problemas de quando uma fundação começa a levantar recursos quando o presidente ainda está no cargo é que não se sabe quem está doando e nem quanto está sendo doado", afirma Daniel Shuman, diretor da organização Demand Progress, à BBC Brasil.
"E tem havido escândalos associados a presidentes anteriores e o levantamento de recursos para suas bibliotecas."
O ativista lembra que, em 2008, o jornal Sunday Times denunciou a ação do lobista Stephen Payne, ligado ao então presidente George W. Bush, que oferecera acesso ao governo em troca de uma doação de "centenas de milhares de dólares" à então futura biblioteca do repulicano.
Schuman cita ainda o caso do perdão concedido por Bill Clinton ao financiador Marc Rich, condenado por evasão de divisas e por relações comerciais com o Irã enquanto o país estava sob embargo, após uma doação de US$ 450 mil da ex-mulher dele à Fundação Clinton.
Durante a última campanha presidencial, a então candidata Hillary Clinton foi questionada sobre doações estrangeiras à fundação da família enquanto ela era secretária de Estado.
Embora os ex-presidentes não sejam obrigados a construir uma biblioteca para guardar registros do período em que ocuparam a Casa Branca, os mandatários veem nas fundações uma oportunidade de dar publicidade a seu legado e de manter sua influência na esfera política.
Nos EUA, há 13 delas. A primeira foi aberta por Franklin D. Roosevelt nos anos 1940.
"Além da chance de esses doadores poderem influenciar figuras políticas, essa situação acaba criando oportunidades reais de corrupção. Isso precisa mudar", opina Schuman, lembrando que há um projeto de lei tramitando no Congresso americano há quase dois anos para obrigar fundações presidenciais a declararem doações acima de US$ 200.

Fundo para manutenção

Para Anthony Clark, pesquisador e autor de The Last Campaign (A Última Campanha; 2015), sobre bibliotecas presidenciais nos Estados Unidos, ex-presidentes americanos também usam os centros que levam seus nomes como uma "plataforma para o período pós-presidência".
Para Clark, o atual conceito das bibliotecas desvirtua a ideia inicial de Roosevelt: ter um espaço para preservar documentos durante um período de guerra.
De fato, ao longo dos anos, as bibliotecas foram se tornando mais monumentais, complexas e onerosas. O Obama Presidential Center contará, por exemplo, com uma biblioteca digital, instalações modernas e equipamentos de ponta.
Já na Biblioteca e Museu Ronald Reagan, uma das atrações é exposição do Air Force One, o avião usado pelo ex-presidente durante seu mandato.
Outro problema apontado por Clark é o custo de manutenção dos centros. Atualmente, o governo americano gasta cerca de US$ 70 milhões por ano com as bibliotecas presidenciais, que, após construídas, precisam ser doadas ao governo.
A fim de garantir recursos para manter esses centros no futuro, a lei prevê que as fundações devem repassar 60% - eram 20% até George W. Bush - de todas as doações para um fundo de reserva. Mas, segundo o especialista, há maneiras de driblar a legislação e entregar valores bastante inferiores ao estipulado no papel.
Ele explica que, embora as bibliotecas também arrecadem recursos por meio de bilhetes de entrada e promoção de atividades, em algumas, especialmente as de ex-presidentes mais antigos ou pouco populares, o número de visitantes cai ano a ano.
E, se a tendência de espaços high-tech, como o futuro Obama Center, com alto custo de manutenção, se estabelecer, isso pode ser um problema para os cofres públicos no futuro, diz Clark.
"Quando ninguém mais se lembrar direito quem foram esses presidentes de agora, daqui a 40 ou 50 anos, o que acontecerá com essas biblotecas?"

Polêmica também no Brasil

Repasses de empresas a institutos de ex-presidentes também não precisam ser divulgadas - e logo, geram suspeitas - no Brasil.
Um dos alvos da operação Lava Jato são doações no valor de R$ 30,7 milhões ao Instituto Lula, que coordena atividades relacionadas ao legado do ex-presidente, e à LILS, empresa que cuida de suas palestras.
Em dezembro, o juiz federal Sergio Moro aceitou uma denúncia contra Lula em que ele é acusado sob a suspeita dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht.
De acordo com a investigação, parte do dinheiro doado teria sido usado para comprar um terreno na zona sul da cidade de São Paulo onde seria construída a sede do instituto (R$ 12,4 milhões), que nunca chegou a ser erguida no local, e um apartamento em frente ao que o ex-presidente mora em São Bernardo do Campo (R$ 504 mil).
Segundo o Ministério Público Federal, há indícios de que esse dinheiro possa ter sido desviado da Petrobras, já que boa parte dele foi repassado por empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção flagrado pelas investigações.
Entre essas empresas está a Odebrecht, que entre 2011 e 2012 também repassou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, conforme descobriu a Polícia Federal. Os dois institutos negam qualquer irregularidade.
José Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso são os únicos com espaços destinados a exibir seus acervos. O de Sarney está na Fundação da Memória Republicana Brasileira, que funciona em um prédio histórico em São Luís, no Maranhão.
Em sua primeira versão, ainda sob o nome de Fundação José Sarney, ela foi alvo de uma investigação por indícios de desvios de verba pública repassada à instituição pela Petrobras e fechou suas portas em 2009. A nova fundação foi criada dois anos depois, e seu patrimônio, doado ao Estado.
O acervo de Itamar, no Memorial da República Presidente Itamar Franco, junto à Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ambos são mantidos com dinheiro público. Já o Instituto Fernando Henrique Cardoso recebe dinheiro privado.
De acordo com o Instituto Lula, o projeto de construção do Memorial da Democracia, que incluiria uma biblioteca presidencial em suas instalações, foi embargado pelo Ministério Público de São Paulo - por isso, afirma a assessoria de imprensa, o acervo do petista não está exposto.
Apesar de a lei brasileira prever ajuda financeira a ex-presidentes que queiram disponibilizar seu acervo ao público, o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) explica que, nos últimos anos, devido à política de corte de gastos do governo, o auxílio limitou-se ao financiamento de alguns projetos.
Os governos federal ou estadual só assumem custos de preservação dos acervos quando eles são doados ao poder público, como no caso de Itamar Franco e Sarney.
Crítico ao uso de dinheiro público para bancar acervos presidenciais, José-Matias Pereira, professor de Administração e Finanças Públicas da Universidade de Brasília, acredita que eles acabam sendo usados para "enaltecer" o ex-ocupante do Palácio do Planalto e defende mais transparência na prestação de contas.

"É legítimo que alguém que passe pelo poder deixe algum tipo de memória. O que não pode é fazer que o contribuinte pague por isso, seja tirando dinheiro do orçamento para manter os institutos ou por meio de acertos espúrios com empresas doadoras", afirma Pereira. 

O desenvolvimento sustentável e as bibliotecas

Autoria: Aída Alves.

Fonte: Correio do Minho (Portugal). Data: 19/01/2017.

URL: http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=8206

Sabia que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento? A resolução, aprovada no passado dia 4 de dezembro de 2016, reconhece a importância do Turismo para “estimular a melhor compreensão entre os povos em todos os lugares, e conduz a uma maior consciência da herança de várias civilizações e a uma melhor apreciação dos valores inerentes de diferentes culturas, contribuindo assim para o fortalecimento da paz no mundo.”
Será que as bibliotecas contribuem para um desenvolvimento sustentável? À partida pode parecer-nos que não, mas vamos refletir em conjunto neste curto espaço.
Em 2002, a IFLA preocupada com o tema do desenvolvimento sustentável, lançou a declaração Statement on Libraries and Sustainable Development que introduz o acesso à informação como fator preponderante para a promoção do desenvolvimento sustentável. Declara que todos os seres humanos têm o direito fundamental a um ambiente adequado à sua saúde e bem-estar. A declaração sublinha ainda que os serviços da biblioteca devem promover o desenvolvimento sustentável e assegurar a liberdade de acesso à informação e ao conhecimento.
No congresso mundial da IFLA, em Lyon, em maio de 2014, foi elaborada a Declaração de Lyon (http://www.lyondeclaration.org/content/pages/lyon-declaration-pt.pdf ), sobre o acesso à informação e desenvolvimento. Nesta declaração dá-se especial destaque ao papel importante das bibliotecas na sua missão educadora e social, proporcionando o acesso à informação e ao conhecimento, a toda a população, com maior impacto nas pessoas que social e economicamente estão menos favorecidas.
O desenvolvimento sustentável deve ocorrer numa estrutura baseada em direitos humanos, mediante a transmissão de competências, educação e inclusão de grupos marginalizados, incluindo mulheres, minorias, imigrantes, refugiados, pessoas com deficiência, idosos, crianças e jovens. O acesso equitativo à informação, liberdade de expressão, liberdade de associação e de reunião e à privacidade, são promovidos, protegidos e respeitados como sendo fundamentais para a independência do indivíduo. A participação pública de todos é assegurada pelas bibliotecas, locais onde se proporcionam por vezes ações que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
A biblioteca alia-se a vários movimentos sociais e educativos a nível local, regional, nacional e mundial e mostra que não se encontra a trabalhar isolada, mas que é uma “biblioteca global”.
O aumento tendencial de maior acesso à informação, reforçado pela alfabetização universal obrigatória, é um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável.
As bibliotecas na sua função social ajudam famílias mais desfavorecidas, através do empréstimo domiciliário gratuito, através de bancos de manuais escolares usados, através de ofertas de atividades educativas e formativas sem custos para o participante; oferta de atividades de extensão cultural de entrada livre. Tecem redes e protocolos com entidades que ajudam na distribuição de bens alimentares e outros bens necessários, como o Banco Alimentar, a Cruz Vermelha Portuguesa, a CERCI, a CARITAS, hospitais, centros de saúde, juntas de freguesia, entre outros. Promove sessões e disponibiliza espaços que proporcionam o bem-estar e a qualidade de vida dos seus utilizadores. As bibliotecas ajudam a promover contextos de aprendizagem ao longo da vida para todos, em igualdade de género, em colaboração com escolas, IPSS, associações sem fins lucrativos.
A Biblioteca também ajuda na implementação de políticas para promover o turismo sustentável local, promovendo informação sobre o património bibliográfico, destacando produtos locais através de exposições e feiras.
Apoia no acesso às tecnologias de informação e comunicação e empenha-se na disponibilização gratuita no acesso a equipamentos informáticos e à Internet. Desenvolve esforços para proteger e salvaguardar o património cultural local, nacional e mundial. Proporciona o acesso a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis, particularmente para pessoas idosas e pessoas com deficiência.
Contribui permanentemente para que nos espaços de reflexão que proporciona à comunidade, com vários agentes locais, aumentar a consciencialização sobre a proteção do ambiente, alterações climáticas, eficiência energética, espaços verdes, biodiversidade, saúde pública, direitos e liberdades fundamentais, serviços públicos, meio ambiente, oportunidades de trabalho que apoie às comunidades locais e pessoas para orientar o seu próprio desenvolvimento.
O desenvolvimento sustentável deve ocorrer numa estrutura baseada em direitos humanos e é nesse contexto no qual as bibliotecas foram criadas.
Intermediários da informação, como bibliotecas, arquivos, organizações da sociedade civil, e os meios de comunicação têm as habilidades e recursos para ajudar as instituições e indivíduos a comunicar, organizar, estruturar e compreender os dados que são fundamentais para o desenvolvimento.

Bibliotecas e outros intermediários da informação podem utilizar as TIC para reduzir a lacuna entre a política nacional e a implementação local para assegurar que os benefícios do desenvolvimento cheguem a todas as comunidades.

Menina de quatro anos já leu mais de mil livros

Fonte: Jornal de Notícias (Lisboa). Data: 14/01/2017.
Daliyah Marie Arana tinha 2 anos e 11 meses quando leu o primeiro livro de forma independente.
Haleema Arana, a mãe, contou ao jornal “The Washington Post” que quando estava grávida de Daliyah lia, diariamente, para outras crianças e que quando a filha era bebé ouvia o irmão mais velho a ler capítulos de livros em voz alta pela casa, em Gainesville, na Geórgia, nos Estados Unidos da América.
“Ela queria ler sozinha”, afirmou a mãe ao jornal. “Quanto mais palavras aprendia mais vontade tinha de ler”, explicou.
Agora, com 4 anos, a menina já leu mais de mil livros e alguns textos do ensino superior.
A mãe contactou a Biblioteca do Congresso e perguntou se era possível usufruir de uma experiência no local com a filha. Na última quarta-feira, Daliyah concretizou o sonho de ser bibliotecária por um dia.
A menina visitou a secção de crianças da Biblioteca, leu livros para Carla Hayden, 14ª bibliotecária do Congresso norte-americano, e conheceu alguns funcionários da instituição.
No entanto, quando a equipa lhe pediu algumas recomendações, a criança sugeriu que instalassem quadros brancos nos corredores da biblioteca para que as crianças, como ela, pudessem praticar a escrita.
Carla Hayden ficou impressionada com a paixão da menina pela leitura e pela literatura e publicou algumas fotografias da visita no Twitter.
Haleema Arana revelou ao “The Washington Post” que a filha estava sempre a dizer que a Biblioteca do Congresso era a sua preferida em todo o mundo.
Daliyah tem um cartão de leitor e frequenta a biblioteca local, em Gainesville, com bastante regularidade. “Eu gosto de verificar os livros todos os dias”, revelou a menina. “Eu quero ensinar outras crianças a ler cedo também”, disse a criança ao jornal “Gainesville Times”.
A mãe teve a ideia de começar a contar o número de livros que a filha lia, através do programa “1000 livros antes do jardim-de-infância”. De acordo com Haleema, a menina, aos 3 anos, já devia ter lido mil obras.
Os pais nunca testaram o nível de leitura da filha. Contudo, a mãe, para atender ao amor da menina por livros, lançou-lhe um desafio e deu-lhe o discurso “The Pleasure of Books” (O Prazer dos Livros), de William L Phelps, considerado de grau universitário, para ler. Acontece que Daliyah leu tão bem o texto e pronunciou tão bem as palavras que a mãe publicou um vídeo da leitura no YouTube.

Daliyah pretende atingir a meta de 1500 livros até entrar, no próximo outono, no infantário e espera ajudar o professor a ensinar outras crianças a ler.

Acervo de 18 mil títulos está disponível para moradores de Foz

Fonte: Massa News. Data: 20/01/2017.
Um acervo com cerca de 18 mil títulos, pertencentes à biblioteca da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), está disponível para consulta da comunidade de Foz do Iguaçu e região. Em 2016, a UNILA adquiriu mais de 4.200 títulos e recebeu importantes doações.
Uma delas, veio da destacada editora mexicana Fondo de Cultura Económica, que recentemente doou mais de 2.800 exemplares. São livros em espanhol, de áreas como História, Antropologia, Ciência Política, Filosofia, Literatura e Economia. O processo está em tramitação, uma vez que o material doado vem de São Paulo, passará por fase de catalogação e, posteriormente, será disponibilizado à comunidade.
No ano passado, a UNILA recebeu duas doações - já disponíveis para consulta - que vão contribuir para estudos da história latino-americana, com ênfase no Paraguai e na Amazônia. “Doações como essas têm uma riqueza muito grande, porque são materiais de pesquisa específica, que complementam o acervo básico da biblioteca”, avalia Suzana Mingorance, bibliotecária da Universidade. Ela pontua que os livros doados devem ser de cunho científico, destinados a apoiar atividades de pesquisa ou do ensino superior. Caso o material não esteja em consonância com os objetivos da biblioteca universitária, é sugerido que os exemplares sejam destinados a outras bibliotecas, com perfil que se identifique com a doação.

Acervo virtual

A biblioteca da UNILA conta ainda com um acervo digital que, em 2016, implementou um repositório institucional (dspace.unila.edu.br), que contempla hoje cerca de 250 produções, entre trabalhos de conclusão de curso de graduação, monografias e dissertações. “É um acervo que cria memória institucional de graduação e pós-graduação, serve como informação para futuras pesquisas e dá visibilidade à produção acadêmica da UNILA”, afirma o bibliotecário Nilson Júnior, responsável pelo repositório institucional da Universidade. Esse acervo pretende, ainda, ser ampliado com outros formatos de produções acadêmicas da UNILA, como artigos, áudios, partituras, fotos e vídeos. (...)

Funcionamento

No período de férias, a biblioteca está realizando todos os serviços (empréstimos, devoluções, atendimento e orientação em geral) com horário de funcionamento diferenciado: de segunda a sexta, das 8h às 18h. O atendimento retorna ao horário usual a partir do reinício das aulas na UNILA, que acontece no dia 6 de março, no Parque Tecnológico Itaipu, e 13 de fevereiro, no Jardim Universitário, com a retomada das atividades acadêmicas do curso de Medicina. (...)

Serviço:

·         Biblioteca da UNILA Jardim Universitário (aberta à comunidade)
·          Av. Tarquínio Joslin dos Santos, 1000
·         Telefone: (45) 3529-2760 | 3529-2769
·         E-mail: ju.biunila@unila.edu.br
·          
·         Biblioteca da UNILA Central - Parque Tecnológico Itaipu (PTI)
·         Av. Tancredo Neves, 6731 - Bloco 1
·         Telefone: (45) 3576 2753 | 3576 2707

·         E-mail: circulacao.biunila@unila.edu.br

Site disponibiliza acervo raro com mais de 2 mil obras da literatura de cordel

Fonte: Universia Brasil. Data: 20/01/2017.
Um acervo raro da literatura de cordel, gênero literário muito popular no nordeste brasileiro, agora está disponível para os leitores de maneira online e gratuita. A Fundação Casa Rui Barbosa (FCRB) criou o Cordel – Literatura Popular em Verso, um site que reúne, até o momento, obras de 21 cordelistas. No total, estão disponíveis 2.340 folhetos para consulta.
O site reúne versões originais e variantes dos cordéis. Foram disponibilizados ao público aqueles que já estão em domínio público e os que foram autorizados pelos próprios autores ou por suas famílias a fazerem parte do acervo digital.
O projeto foi idealizado pela professora Ivone da Silva Ramos Maya que, após receber um material muito raro do cordelista Leandro Gomes de Barros, um dos mais reconhecidos e importantes poetas do gênero, passou a imaginar um meio de dividir com o público os escritos do autor.
Em entrevista concedida ao Ministério da Cultura, ela diz que tem planos de ir mais longe com a ideia: “pretendo encaminhar uma proposta para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), para que o cordel seja tombado como patrimônio da humanidade”, disse.
Além dos folhetos, o site possui também biografias dos autores e a bibliografia disponível na FCRB com 400 referências dentre artigos, livros, recortes, teses e dissertações.