16 de jun. de 2014

Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados

Agora já é possível ter acesso rápido, pela internet, a diversas obras raras do acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados. A Coordenação de Biblioteca (Cobib) e a Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais (Cobec) estão digitalizando publicações como a "Nova Lusitania", escrita por Francisco de Brito Freire em 1675, e os 12 volumes do "Sermoens" (1679), de Padre Antonio Vieira. Até o final de fevereiro, 52 obras já haviam sido incluídas na Biblioteca Digital.
O projeto prevê a digitalização de cerca de 200 obras raras e a respectiva disponibilização, na íntegra, na Biblioteca Digital da Câmara. Entre os principais objetivos da iniciativa, está a ampliação do acesso ao acervo e à informação, bem como a divulgação e a preservação das obras, visto que não haverá necessidade de manusear os originais.
Para a gerente do projeto, Maria Cristina Silvestre, "é fundamental proceder à digitalização de parte do notável repertório de obras raras sob a tutela da Câmara dos Deputados, tendo em vista princípios como a tendência à digitalização de acervos de obras raras e especiais; a necessidade de preservar o patrimônio bibliográfico raro custodiado por bibliotecas sem, contudo, limitar sua consulta; a função inerente às bibliotecas de organizar, preservar e permitir acesso às obras raras; a necessidade imperativa de universalizar o acesso à informação; e a necessidade de disseminar a informação".

O projeto foi iniciado em maio de 2013, após discussões preliminares para definir os critérios e os procedimentos que seriam utilizados no desenvolvimento do trabalho. Maria Cristina observa que muitas variáveis tiveram de ser observadas, como os critérios para a seleção dos volumes, a legislação sobre direitos autorais e requisitos técnicos.
A conclusão do projeto está prevista para dezembro deste ano. No entanto, Maria Cristina destaca que, dentro do possível, outros acordos de serviço poderão ser firmados para a digitalização de uma quantidade maior de obras raras. "Torna-se conveniente e oportuno, tendo em vista o interesse que despertam, permitir que interessados ao redor do mundo possam 'folhear' as obras. Não pretendemos parar. O limite são as cerca de 4.600 obras que compõem nosso acervo", afirma.
Cuidados especiais
Por se tratar de obras raras, o processo de digitalização é mais lento e criterioso que o normal. A preocupação com a preservação da obra é constante. De acordo com o diretor da Cobec, Francisco de Jesus, todas as obras passam por uma avaliação preliminar. "Um restaurador verifica se o livro pode passar pelo processo de digitalização sem que haja danos. Em caso positivo, o restaurador orienta os operadores sobre como devem manusear a obra durante a digitalização. Esse processo é feito livro por livro, isoladamente", explica. 
O operador Roberto Gonçalves Júnior, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, destaca que são utilizados escâneres planetários, específicos para esse tipo de publicação, que minimizam a necessidade de manuseio da obra, além de compensar a diferença nas lombadas, sem precisar prensar o livro para que seja escaneado.
Treinamentos foram realizados para garantir que a obra digitalizada fique o mais semelhante possível à obra original.

Detalhes no URL da Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/5

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