30 de nov. de 2013

Estrutura da Biblioteca Nacional preocupa

Fonte: Diário do Nordeste. Data: 25/11/2013.
Autoria: André Miranda
URL: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1341888
Em novembro do ano passado, a Defesa Civil realizou uma vistoria de emergência na sede da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio. O motivo foi a queda, dias antes, de pedaços de reboco da fachada do prédio nos jardins e na varanda, felizmente sem vítimas, mas que acenderam um alerta para a possibilidade de acidentes. O laudo dizia que “a existência de diversos trechos com revestimento deteriorado (...) configura situação de riscos, principalmente nas empenas no limite do terreno, onde eventual queda de material atingirá o passeio”. No mesmo documento, a Defesa Civil pediu que para-lixos fossem construídos, telas fossem instaladas na fachada e que tapumes passassem a cercar todo o perímetro do prédio, “enquanto não seja executada obra de restauração definitiva”.
Há um ano, pedaços de reboco da fachada do prédio caíram nos jardins e na varanda
Hoje, passado um ano, praticamente nenhuma das recomendações de segurança da Defesa Civil foi atendida: não há para-lixos nem telas de proteção na Biblioteca; o tapume cerca apenas uma parte do prédio; e a obra de restauração, diversas vezes prometida e adiada nos últimos anos, está prevista para 2014. Mas sem data para começar.
O laudo da Defesa Civil, obtido pelo Globo, foi feito a pedido da própria direção da Biblioteca a partir de uma vistoria realizada em 7 de novembro de 2012. Nele estão descritos alguns dos problemas que qualquer pessoa pode constatar. Há diversos pontos do prédio escurecidos por infiltrações e há, até, plantas crescendo nas frestas do concreto. O desgaste é tão grande que, em agosto deste ano, uma janela se desprendeu no quarto andar, acima da entrada do metrô da Rua Pedro Lessa, mas foi removida antes que pudesse despencar — hoje, o buraco é fechado por uma placa de madeira.
Um memorando interno da Biblioteca Nacional, assinado por sua procuradora-chefe, Fernanda Mesquita Ferreira, e endereçado para o então presidente, Galeno Amorim, em 30 de outubro de 2012, também alertou para os perigos. O texto dizia que o “atual estado de conservação do Prédio Sede (...) possivelmente coloca em risco a segurança dos servidores e das pessoas em geral que circulam nos arredores das instalações”.
Na ocasião, a direção da Biblioteca cercou as áreas externas do prédio com tapumes e instalou toldos nas entradas da Rua México e da Avenida Rio Branco. Só que os tapumes não duraram muito. Na Rua Pedro Lessa, primeiro foram retirados por um tempo porque moradores de rua passaram a utilizar o espaço entre a madeira e o prédio como dormitório. Depois, nas ruas Araújo Porto Alegre e Pedro Lessa, foram arrancados nos últimos meses nas diversas manifestações no entorno da Cinelândia.
Procurada pelo Globo, a Associação de Servidores da Biblioteca Nacional (ASBN) enviou uma nota sobre os problemas, assinada por sua diretoria: “A recomendação da Defesa Civil foi ignorada pela direção da Biblioteca Nacional até agosto, quando o desprendimento do vidro de uma janela levou a ASBN a cobrar mais uma vez essa intervenção”.
Em reunião no dia 15 de agosto, a direção executiva comprometeu-se a realizar, no prazo de 15 dias, o reparo em todas as janelas do prédio sede. Passados três meses, nada foi realizado, a tela não foi colocada e os transeuntes permanecem sujeitos ao risco de desabamento”.
O problema, de acordo com a atual direção da Biblioteca Nacional, não foi falta de verba ou desinteresse. Estão reservados cerca de R$ 30 milhões, oriundos do PAC das Cidades Históricas, para a reforma de fachada, telhado e claraboia e para reforço na segurança. A verba foi anunciada pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, em setembro do ano passado, com previsão de obras para este ano.
“Nós tínhamos a verba para iniciar as obras, mas não tínhamos os termos de referência para que fossem realizadas. Os termos estão sendo finalizados pela Fundação Getúlio Vargas e estarão prontos até o fim do ano. Assim, poderemos começar a reforma em meados de 2014. Será uma obra grande, de muito impacto e que não vai durar menos de três anos”, afirma Renato Lessa, presidente da Biblioteca Nacional desde abril. “Tivemos muitos problemas. Estávamos sem ar condicionado, mas desde setembro conseguimos fazer com que a refrigeração voltasse”.
Lessa explica, ainda, que a Biblioteca chegou a orçar a tela de proteção recomendada pela Defesa Civil, mas esbarrou no problema da segurança frente às manifestações.
“Nós vimos uma tela azul que custaria R$ 200 mil, mas cujo material é inflamável. Com tudo o que vinha acontecendo nas ruas, descartamos. Então orçamos outra tela, esta não inflamável, no valor de R$ 400 mil, e que reproduz a imagem da fachada. Até janeiro ela já estará cercando a sede da biblioteca para dar segurança a usuários e servidores e como preparação para as obras”, diz.
De acordo com a Defesa Civil, o prédio da Biblioteca pode até ser interditado, “caso os responsáveis não cumpram as determinações do órgão e novos incidentes aconteçam”.
Prédio anexo em situação grave
Talvez mais grave que a sede da Biblioteca Nacional é a condição de seu prédio anexo, na Zona Portuária. Há poucas semanas, fotos foram espalhadas nos murais dos servidores da Biblioteca mostrando um quadro de abandono da estrutura, com infiltrações nas paredes e nos tetos dos quatro andares do prédio. Para piorar, o anexo fica a cerca de seis metros de distância do Elevado da Perimetral, justamente no trecho cuja implosão estava prevista para esse fim de semana.
Implosão na região da Biblioteca pode comprometer ainda mais sua estrutura. Prefeitura do Rio teria se comprometido a se responsabilizar por qualquer dano
No anexo, idealizado para abrigar uma hemeroteca, estão livros e, principalmente, periódicos do século XX. No fim de 2010, foi anunciado um investimento de R$ 17,8 milhões do BNDES para a reforma do prédio. Porém, a Biblioteca teve três presidentes nesse período (Muniz Sodré, Galeno Amorim e, hoje, Renato Lessa), e a verba até agora não foi utilizada.
Neste ano, quando assumi, havia uma nova conjuntura para aquela região, por causa das obras do Porto Maravilha. Então nós tivemos algumas reuniões com a prefeitura com a proposta de integrar o prédio anexo à reformulação da Zona Portuária”, diz Lessa. “A prefeitura vai financiar um concurso, que será lançado em janeiro, para contratarmos um projeto arquitetônico para o anexo. A ideia é fazer dele um equipamento cultural para o cidadão, recuperando a relação da biblioteca com a cidade”.
Ainda de acordo com Lessa, a verba do BNDES vai servir como o ponto de partida para as obras do novo equipamento, que devem ser iniciadas no meio de 2014, mas o valor total da empreitada ficará perto dos R$ 60 milhões.
O presidente da Biblioteca Nacional garante, também, que a prefeitura se comprometeu a se responsabilizar por qualquer dano adicional que o prédio venha a sofrer com a implosão na região da Perimetral.

“Vamos colocar compensados para proteger os vidros e temos a garantia da prefeitura de que não há risco estrutural”, diz Lessa.

Evento: Bibliotecas da Saúde

Data: 27-28 de Março de 2014
Local: Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Av. Prof. Egas Moniz
1649-028 Lisboa
As XI Jornadas APDIS: “As Bibliotecas da Saúde: que futuro?” pretendem constituir um espaço de reflexão sobre o futuro das bibliotecas da área da saúde e, consequentemente, dos profissionais que aí desempenham funções, face à complexidade de abordagens que a problemática do acesso à informação científica e técnica apresenta nos nossos dias.
De facto, o avanço das tecnologias e facilidade no acesso à informação médica através da Internet e dos diferentes meios de comunicação, permitiu que se tenham vindo a desenvolver novos paradigmas, quer no que diz respeito ao contexto em que as bibliotecas se inserem (universidades, hospitais, equipas médicas, laboratórios clínicos, laboratórios farmacêuticos, etc.), quer quanto às competências e perfil do profissional de informação de saúde.
Examinar as enormes possibilidades do futuro, remover os obstáculos que impedem as bibliotecas de responder às necessidades de uma população em mudança, transformar os processos e estruturas administrativas e questionar as premissas existentes, é o desafio que se nos apresenta como oportunidade.

As Jornadas da APDIS constituem uma oportunidade privilegiada para os bibliotecários e demais profissionais de informação da área das Ciências da Saúde, provenientes de instituições diversas e, em muitos casos, geograficamente distantes, discutirem e aprofundarem conceitos, referenciarem e analisarem as boas-práticas existentes nesta área.

Evento: Congresso de Leitura

19º COLE: leituras sem margens
Data: 22 a 25 de julho de 2014
Local: UNICAMP/Campinas-SP

Detalhes no URL: http://www.cole-alb.com.br/

Cursos presenciais em São Paulo

Local: CRB 8ª Região - Rua Maracajú, 58 Vila Mariana
Horário das 9 as 18 horas
Dias 06 e 07 de dezembro
A construção de tesaurus pelas diretrizes normativas internacionais contemporâneas com Vera Regina Casari Boccato
Dias 20 e 21 de dezembro
Gerenciamento e customização da plataforma de revistas eletrônicas SEER com Victor Freitas de Azerêdo Barros


Detalhes no URL: www.febab.org.br 

29 de nov. de 2013

Posse da nova diretora do IBICT


Biblioteca online Nuvem de Livros divulgará Cervantes



Fonte: Portal Terra. Data: 28/11/2013.
URL: http://tecnologia.terra.com.br/internet/biblioteca-online-nuvem-de-livros-divulgara-obras-da-miguel-de-cervantes,e632433116492410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html
A biblioteca online Nuvem de Livros, que possui o maior número de usuários na região ibero-americana, incluirá em breve o catálogo dos conteúdos editoriais da biblioteca virtual Miguel de Cervantes.
Segundo um comunicado emitido pela Miguel de Cervantes, com sede na Universidade de Alicante, esta nova possibilidade é fruto de um recente acordo alcançado pela fundação da biblioteca virtual espanhola com a editora Gol, sediada no Rio de Janeiro.
O convênio tem como âmbito de atuação a Espanha, o Brasil e o resto da região ibero-americana, e prevê a distribuição das obras por meio da plataforma web (www.nuvemdelivros.com.br), que pode ser acessada desde computadores, smartphones, tablets e aplicativos.
O catálogo editorial da Miguel de Cervantes, em formato "epub2", conta com mais de 300 clássicos da literatura espanhola e ibero-americana, destacando obras do próprio Cervantes, Félix Lope de Vega, Calderón de la Barca, Mariano José de Larra, Benito Pérez Galdós e Rubén Darío, entre outros.
Além dos ícones da literatura espanhola, a biblioteca virtual Miguel de Cervantes também inclui nomes menos conhecidos, mas de mesmo valor literário, caso de Gonzalo de Gramados e Meneses, Juan Cortés de Tolosa e Julia de Asensi.
A plataforma Nuvem de Livros iniciou seu trabalho no Brasil em 2011 e, em menos de dois anos, já superou a marca de milhão de usuários, o que lhe posicionou como a biblioteca "online" com maior número de internautas da região ibero-americana.
Atualmente, a biblioteca oferece mais de 10 mil conteúdos multimídia, entre livros, áudios, vídeos e teleaulas para todas as idades, sendo que seu responsável literário é Antônio Torres, um dos autores brasileiros mais respeitados, além de membro da Academia Brasileira de Letras e prêmio Machado de Assis em 2000.
Por sua parte, a biblioteca virtual Miguel de Cervantes (www.cervantesvirtual.com) foi criada em 1999 através de uma iniciativa da Universidade de Alicante, do Banco Santander - através da divisão global Santander Universidades - e da Fundação Botín.
A biblioteca em questão, que atualmente é regida pela fundação de mesmo nome, presidida pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, tem o objetivo de difundir a cultura ibero-americana, oferecendo livre acesso a mais de 160 mil registros bibliográficos.

Isenção postal para livros enviados a bibliotecas



Fonte: Senado Federal. Data: 27/11/2013.
URL: www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2013/11/27/avanca-isencao-postal-para-livros-enviados-a-bibliotecas
A Comissão de Educação aprovou ontem projeto de lei de autoria de Clésio Andrade (PMDB-MG, foto) que prevê isenção de tarifas postais para a remessa de livros e outros materiais às bibliotecas ­públicas.
Pela proposta (PLS 369/2012), a dispensa das tarifas postais valerá para bibliotecas previamente cadastradas.
Clésio argumenta que, além de serem em quantidade insuficiente, as bibliotecas estão mal distribuídas no território nacional e têm acervos limitados, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo.
De acordo com o senador, a isenção das tarifas postais pode estimular pessoas e empresas a fazerem doações para mitigar a ­insuficiência dos acervos.
O relator da proposta, Inácio Arruda (PCdoB-CE), destacou que a isenção aumentará o acesso ao ­conhecimento e à cultura.
Uma vez transformado em lei, o projeto beneficiará bibliotecas municipais, estaduais e federais. O texto, que altera a lei que trata dos serviços postais (Lei 6.538/1978),  seguirá agora para exame na Comissão de Assuntos ­Econômicos (CAE).

27 de nov. de 2013

Nova Andradina (MS) é destaque em encontro de bibliotecas públicas



Fonte: Jornal Agora MS. Data: 20/11/2013.
URL: www.agorams.com.br/jornal/2013/11/nova-andradina-e-destaque-no-encontro-nacional-do-sistema-de-bibliotecas/
A Biblioteca Pública Municipal Maria Batel Ortega foi citada durante o 19° Encontro Nacional do Sistema de Bibliotecas Públicas, realizado em Belém (PA), como exemplo de sucesso na área. O modelo de gestão desenvolvido em Nova Andradina foi destacado pelo coordenador do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso do Sul, Fábio Mota Queiroz.
O profissional esteve no município entre os dias 22 e 24 de outubro para o registro e capacitação da equipe de Nova Andradina nos processos de planejamento, organização e de informatização do catálogo da unidade. A Biblioteca Pública Municipal Maria Batel Ortega integra a lista de 10 municípios participantes do Projeto de Modernização de Bibliotecas 2012/2013.
Na ocasião, a coordenadora da unidade, Maria de Fátima Dantas de Oliveira, ressaltou a visita do responsável pelo Sistema de Bibliotecas Públicas de Mato Grosso do Sul a Nova Andradina. A ação fortalece a importância da existência e manutenção de ambientes que possam oferecer informação e leitura de forma gratuita e, principalmente, em localidades onde exista carência desses espaços.
“Ele ficou muito feliz ao observar que nesta cidade há uma biblioteca que se preocupa com os seus leitores, desenvolve projetos juntamente com as escolas, desenvolve todo ano a campanha de doações de gibis para renovação de sua gibiteca e está sempre buscando melhorar seu acervo de livros para melhor atender os leitores desta cidade”, destacou a coordenadora.

Biblioteca Pública de Santa Catarina digitaliza jornais



Fonte: Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina. Data: 22/11/2013.
A Fundação Catarinense de Cultura, por meio da Biblioteca Pública de Santa Catarina, anuncia a digitalização de todo o acervo documental de periódicos - em especial jornais editados e publicados em Santa Catarina. A Hemeroteca é fruto da parceria da FCC e Instituto de Documentação e Investigação em Ciência da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
A oficialização dos trabalhos será dia 28 de novembro, 18, na sede do Instituto, no Centro de Florianópolis. A Biblioteca possui atualmente 1,2 mil títulos entre documentos já microfilmados (mais ou menos 300) e documentos físicos. Os microfilmados, inclusive, já estão digitalizados. O periódico mais antigo é datado de 1832. Na parceria, a Udesc participa com o equipamento e a Biblioteca com equipe técnica. [...] 

Em Blumenau (SC) biblioteca ambulante funciona numa Kombi



Fonte: Diário Gaucho. Data: 22/11/2013.
Por fora, a Kombi branca adesivada com imagens de crianças parece só mais um carro no trânsito de Blumenau. Mas quando o veículo para e a porta lateral é aberta, vê-se que ele guarda um verdadeiro tesouro. No lugar dos bancos, há estantes cheias de livros prontinhos para serem devorados por leitores.
Mensalmente, o carro vai até as escolas de campo, afastadas do Centro da cidade, com a voluntária Verena Pellis Kirsten, de 46 anos, e oferece atividades para despertar e estimular o gosto pela leitura nos estudantes. É o Mundo Mágico Sobre Rodas com a Biblioteca Ambulante, serviço de extensão da Biblioteca Pública Doutor Fritz Müller e um dos trabalhos finalistas do Prêmio RBS de Educação, na categoria Projeto Comunitário.
Verena está envolvida com o projeto há 20 anos. Ela conta que são atendidas crianças do pré ao 5º ano, com idades entre cinco e 10 anos. Os alunos podem entrar e escolher qual livro querem ler. Depois, numa atividade em sala de aula, elas contam aos colegas sobre os livros que leram e ouvem a leitura de outra obra. Tudo isso sob o olhar de Verena, que garante que a conversa é bem descontraída e flui normalmente.
— A biblioteca é sempre recebida com festa pelas crianças. Muitas escolas de campo têm bibliotecas pequenas ou nem têm. E como é uma atividade diferente, eles adoram. Existem escolas em que as crianças até gritam quando chegamos.
Ao todo, entre 380 e 400 livros são emprestados aos estudantes mensalmente. O acervo da Biblioteca Ambulante tem cerca de seis mil obras. Verena conta que no começo as crianças pegavam livros finos.
— Agora, elas passaram a ter mais interesse. Escolhem livros mais grossos. Temos um aluno que leu as Crônicas de Nárnia. Levou três meses, mas ele leu — destaca.
Verena orgulha-se do projeto e lembra da infância cada vez que chega às escolas. Quando ela era estudante, leu livros que eram trazidos pela Biblioteca Ambulante até a escola que ela frequentava. E conta que, de tão experientes que os pequenos estão ficando na leitura, já indicam obras para os adultos lerem.
— É uma alegria para mim e para eles — se emociona a voluntária.