26 de fev. de 2013

Biblioteca Câmara Cascudo continua fechada

Triste cenário: a Biblioteca Pública Câmara Cascudo continua fechada, e suja

Fonte: Tribuna do Norte (Natal, RN). Data: 21/02/2012.

Autora: Eliana Lima.

URL: http://blog.tribunadonorte.com.br/abelhinha/triste-cenario-a-biblioteca-publica-camara-cascudo-continua-fechada-e-suja/91747

Confesso que toda vez que passo em frente à Biblioteca Pública Câmara Cascudo, na Rua Potengi, em Petrópolis, a garganta se enche de nó e uma dor aperta o peito.

Há dois anos e dois meses que acompanho a maior biblioteca pública estadual fechada e seu acervo em caixas pelo chão. Logo na entrada, encostadas na porta de vidro. Se é que ainda existe acervo. Certamente muita coisa foi deteriorada, por mais que se tente provar o contrário.

O lixo e o mato por fora consomem.

Como é um imóvel numa das áreas mais nobres de Natal, metro quadrado valiosíssimo, sonho de consumo de todo especulador imobiliário, passa rapidamente a impressão de que – quem sabe – não seria uma estratégia para se desfazer. Sei lá.

O certo é que alunos da rede pública, e privada também, estão sem esse templo do saber há dois anos. E dois meses. Desde que fechou o blog Abelhinha e esta coluna alertam para o problema, sem sucesso.

Nesta quarta (21), passei em frente novamente – ultimamente mudo o caminho para evitar o choque. Sensação de tristeza, raiva, impotência. Tudo com dantes.

Para lembrar, em abril de 2012, a Secretaria de Infraestrutura abriu licitação para a reforma. Valor: R$ 1.605.183,72. Mas nada aconteceu.

A deputada federal Fátima Bezerra conseguiu R$ 1,5 milhão junto ao Ministério da Cultura para a reforma, o dinheiro foi liberado, nova licitação foi aberta pela SIN, em novembro do ano passado…maaasss…até agora continua o descaso.

Fala-se que a obra começou com a digitalização do acervo. E todo aquele material que continua no chão?

Intriga que o Ministério Público não se manifestou sobre tal absurdo com a Biblioteca Câmara Cascudo. Sem contar que o acervo da biblioteca de Berilo Wanderley foi cedido à BPCC, mas, depois, familiares encontraram algumas obras à venda em sebo da cidade, como confirmou à coluna o filho do saudoso poeta Henrique Wanderley.

Então?

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