18 de jan. de 2013

Biblioteca Nacional vai ter horário reduzido por falta de ar condicionado


Fonte: Jornal Nacional. Data: 17/01/2013.


A lerdeza do poder público para resolver um problema que surgiu há oito meses vai obrigar a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, a reduzir o horário de funcionamento. O calor é insuportável.

As janelas abertas no prédio histórico já escancaram o problema, a maior biblioteca da América Latina, com nove milhões de livros, mapas e manuscritos, está sem ar-condicionado.

Desde maio de 2011, o sistema de refrigeração vem apresentando defeito. Teve que ser desligado depois que vazamentos de água danificaram uma parte da coleção de jornais. Na época, os funcionários improvisaram um varal para secar publicações encharcadas.

Com a chegada do verão e das altas temperaturas, a situação só piorou. A falta de ar-condicionado em boa parte do prédio além de dificultar o trabalho dos funcionários e a pesquisa os usuários, prejudica a conservação do acervo.

Nessa quarta-feira (16) os funcionários fizeram uma paralisação por 24 horas para chamar a atenção.

“As janelas estão abertas, pega poeira, é bicho que está entrando e também a oscilação da temperatura, isso também acarreta deterioração do material que está ali”, aponta o presidente da associação de funcionários, Otávio Alexandre Oliveira.

A visitação já caiu 30% neste verão. O público fica deslumbrado com a beleza do prédio, mas não consegue permanecer nas salas abafadas.

“A gente foi visitar a área de obras raras e estava praticamente impossível ficar lá durante muito tempo. A gente até saiu um pouco antes porque estava muito quente”, lamenta a professora Michele Valadão.

A direção da biblioteca tomou a decisão de reduzir o horário de funcionamento. Vai abrir das 8h às 14h, até que a temperatura caia. A renovação de todo o sistema de refrigeração leva dois anos, mas a diretora-executiva da Biblioteca Nacional, Loana Maia, diz que espera conseguir minimizar o problema em um prazo mais curto.

“Curto que signifique até seis meses para a gente ter construído uma situação emergencial para poder diminuir a sensação de desconforto para usuários, para funcionários, para os pesquisadores”, afirma ela.

O Ministério da Cultura declarou que técnicos estão trabalhando no projeto de implantação do novo sistema de ar-condicionado da Biblioteca Nacional e que serão investidos R$ 70 milhões em reformas estruturais do prédio

Um comentário:

Anônimo disse...

O Rio de Janeiro tem tido dias com mais de 40 graus! Assim, fica muito difícil frequentar a Biblioteca Nacional sem ar condicionado...