21 de mar. de 2012

UFRJ cria centro para preservar e divulgar a memória


Fonte: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Casa da Ciência/UFRJ.
Data: 13/03/2012.
No dia 16 de março, será lançado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o projeto CIM - Centro Interuniversitário de Memória e Documentação, que envolverá outras universidades públicas e organizações da sociedade civil. A proposta, financiada pelo Ministério da Educação, é criar um espaço para divulgação de acervos artísticos e científicos que potencialize ações e políticas de preservação do patrimônio material e imaterial brasileiro.
A diretora da Faculdade de Letras da UFRJ, Eleonora Ziller, destaca que o CIM vai permitir que pesquisadores de todo o País acessem acervos digitalizados e contará também com uma incubadora de instituições gestoras de memória. Além disso, haverá lugar para exposições, debates, eventos e outras ações de divulgação de todo esse patrimônio para o público.
A Ocupação Boal é o projeto piloto que impulsiona a criação do CIM. Ele nasceu de uma parceria entre a Faculdade de Letras, a Casa da Ciência da UFRJ, a reitoria da universidade e o Instituto Augusto Boal - criado e mantido pela família do dramaturgo e que, em 2011, cedeu seu acervo para a universidade. Cecilia Boal, viúva do teatrólogo, afirma estar "confiante e esperançosa com a possibilidade de criar um polo de interesse vivo e crescente pelo teatro, pela literatura dramática, não só brasileira como também latino-americana". A data do lançamento festeja também o aniversário de nascimento de Augusto Boal, que completaria 81 anos.
Entre os dias 16 e 23 de março, a UFRJ abrigará uma intensa programação que inclui mesas de debate sobre memória e política no Brasil e exibição de filmes sobre a trajetória de Augusto Boal. Um dos filmes exibidos no dia 17 (sábado) é Augusto Boal e o Teatro do Oprimido, de Zelito Viana. O próprio diretor participa de um debate, ao final da sessão, com Fabian Boal, filho do dramaturgo e Helen Sarapeck, coordenadora do Centro de Teatro do Oprimido (CTO-Rio).
Já no dia 21 (quarta), por exemplo, Noni Ostrower, filha da artista plástica Fayga Ostrower, participa de uma das mesas de debate do evento que discute as políticas de memória e preservação do patrimônio. Noni vem enfrentando nos últimos anos inúmeros desafios para manter e preservar o acervo de sua mãe, e hoje preside um instituto criado com esse fim. No último dia, será concedido ao dramaturgo, pela Faculdade de Educação da UFRJ, o título de Honoris causa. Todas as palestras e exibições acontecem no auditório da Casa da Ciência/UFRJ, no Campus Praia Vermelha, na Urca, Rio de Janeiro.

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