27 de mar. de 2012

Ministra da Cultura chega a Belém para inauguração

Fonte: Diário do Pará. Data: 22/03/2012.

URL: www.diariodopara.com.br/N-153014-MINISTRA+DA+CULTURA+CHEGA+A+BELEM+PARA+INAUGURACAO.html

A ministra da cultura Ana Buarque de Holanda chega a Belém nesta quinta-feira para marcar um momento histórico da leitura no Pará com a inauguração da biblioteca pública no município de Afuá. Com isso, o Estado zera o déficit de municípios sem biblioteca pública. A inauguração ocorre na sexta-feira (23) e será realizada pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Pará, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, em parceria como Ministério da Cultura.
Ana Buarque de Holanda participa também, a partir das 16h desta quinta-feira, das comemorações do aniversário de 141 anos da Biblioteca Pública, em uma cerimônia no Teatro Margarida Schivasappa, onde será apresentado à ministra um pouco da história e do trabalho da Biblioteca Arthur Vianna, a maior do Estado do Pará e terceira maior da região.
A ministra ainda divulgará no Estado a campanha do governo federal de incentivo à leitura “Leia mais, seja mais”, quando será realizado também um pacto pela leitura entre a esfera federal, esfera estadual e os municípios do Pará.
A inauguração da Biblioteca Pública de Afuá terá a participação de gestores da Fundação Tancredo Neves, como o presidente da instituição, Nilson Chaves, além de outras autoridades como Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Luiz Fernando de Almeida, Presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Márcia Rollemberg, Secretária de Cidadania Cultural do Minc, além de outras autoridades nacionais. A cerimônia será acompanhada de uma festividade com elementos da cultura amazônica.
O evento completa um ciclo histórico de incentivo à leitura nos diversos municípios paraenses: em 2010, havia 21 municípios sem bibliotecas públicas no Pará, o que representaria mais de meio milhão de paraenses sem acesso gratuito ao livro e à leitura. Historicamente, o fluxo de crescimento no número de bibliotecas públicas no Estado iniciou na década de 60, prolongou-se pelos anos 80 e ganhou renovado fôlego no século XXI.
“A inauguração da biblioteca de Afuá credenciou o Estado a vencer um déficit histórico há muito almejado. Pela primeira vez na história, todos os municípios paraenses possuem biblioteca pública”, afirma Nilson Chaves, presidente da Fundação Tancredo Neves.
Nascimento de uma biblioteca
O trabalho de inauguração de uma biblioteca pública é longo e composto de diversas fases como o estudo técnico inicial do local onde será montada a biblioteca, a aquisição de infra-estrutura, aquisição de acervo, treinamento do pessoal que trabalhará no espaço e, finalmente, a inauguração da biblioteca pública.
Além do planejamento e estruturação do espaço, as distâncias percorridas para levar a leitura a todos os municípios são grandiosas: apenas em 2011, aproximadamente 40 mil quilômetros foram percorridos de avião, balsa, barco e veículos terrestres.
“Em 2011, os técnicos do Governo do Estado percorreram mais de 40 mil quilômetros para atender 72 municípios nas 12 regiões de integração do Pará. 145 multiplicadores que atuam em bibliotecas foram capacitados e 18 municípios receberam investimentos em acervo, mobiliários, equipamentos audiovisual e capacitações, totalizando aproximadamente 1,5 milhões de reais investidos pelo Governo federal e pelo governo do Pará”, comenta Guilherme Relvas, Secretário do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Pará.
Leia mais, seja mais
Além da inauguração, a ministra Ana Buarque de Holanda irá divulgar no Pará a campanha “Leia mais, seja mais”, que visa tornar a aquisição e o reforço do ato da leitura um hábito nacional. A campanha envolve metas como o aumento do número de livros que os brasileiros lêem anualmente: hoje em dia, o Brasil lê apenas 1,8 livro por ano, mas a ideia é que esse número chegue à quatro livros anualmente.
Esse objetivo consta, ainda, no Plano Nacional de Cultura, lançando em dezembro de 2011 pelo Ministério da Cultura. A campanha parte do pressuposto que o desenvolvimento pessoal e o de uma nação passa pela aquisição de conhecimento como fator fundamental.

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