19 de jan. de 2012

Wikipédia lidera o ato de apagão da internet

Fonte: Meio & Mensagem. Data: 18/01/2012.
Autor: Sergio Damasceno.
Google, Facebook, Wikipedia e Amazon estão entre as grandes empresas digitais que devem promover o primeiro apagão mundial da internet em protesto ante as propostas de legislação contra a pirataria da informática que está em debate nos EUA. O apagão está programado para esta quarta-feira, 18, e pode afetar os usuários desses e outros sites nos EUA e também no mundo. No centro da polêmica estão duas propostas - SOPA - Stop Online Piracy Act e PIPA - Protect Intellectual Property Act -, em debate pelo Congresso norte-americano. Essas propostas, se aprovadas, permitirão ao governo dos EUA e aos detentores de conteúdos intelectuais solicitar o fechamento de quaisquer sites se, porventura, entenderem que o conteúdo desses sites fere as leis dos direitos autorais. O Twitter, que também havia aderido ao protesto, recuou e não deve paralisar seus serviços.
O apagão não é oficialmente confirmado pelas grandes empresas digitais, exceto pelo Wikipedia. O Wikipedia é visitado, diariamente, por 25 milhões de pessoas. E, segundo a fundação Wikimedia, que o administra, ficará fora do ar as 24 horas desta quarta-feira, 18.No entanto, nos EUA, a NetCoalition, associação contrária ao SOPA, já avisou que há uma intenção de paralisar as operações. Entre as empresas associadas à NetCoalition, estão Google, PayPal, Yahoo, Twitter, Facebook, Wikipedia e Amazon. Se o Congresso norte-americano aprovar o SOPA e o PIPA, várias empresas digitais teriam que mudar suas operações para não ferir o direito de propriedade intelectual. É o caso do buscador do Google, que não poderia exibir nos resultados de buscas materiais protegido, por exemplo. Por outro lado, empresas como a News Corp., de Rupert Murdoch, Adidas e Ford, entre outras, defendem a aprovação do SOPA.
Pela proposta em debate, tanto anunciantes quanto empresas de pagamento automático ficam proibidas de manter relações com os sites cujo conteúdo seja avaliado como infrator de direitos autorais. À frente dessa proposta estão grandes empresas de mídia, como a própria News Corp. e também a indústria do entretenimento norte-americano. O presidente dos EUA, Barack Obama, sinalizou que não é completamente a favor de uma lei que poderia ferir a liberdade de expressão. Portanto, se o apagão digital se confirmar nesta quarta-feira, 18, o Congresso norte-americano, talvez, seja obrigado a rever as propostas altamente repressoras do SOPA e do PIPA.
IAB Brasil
No Brasil o protesto contra o SOPA ganhou o apoio do Interactive Advertising Bureau (IAB). O site da entidade no País saiu do ar desde as 14 horas desta quarta-feira, 18. Segundo comunicado, a meta é permanecer offline por oito horas, como forma de reforçar o descontentamento em relação a nova legislação norte-americana.

2 comentários:

denise bottmann disse...

boa tarde:

desculpe utilizar o espaço de comentários deste post para outro tema. trata-se do seguinte:

a fbn está com um magnífico programa de livro de baixo preço para as bibliotecas públicas de todo o país. o problema é que há dezenas e dezenas de obras de tradução espúrias inscritas neste programa, oferecidas à escolha de 2.700 bibliotecas públicas que se cadastraram para participar. estou divulgando o fato, e agradeceria muito se você pudesse divulgar entre o mundo bibliotecário, caso julgue pertinente.

aqui há as informações relacionadas com a questão:
http://naogostodeplagio.blogspot.com/2012/01/o-caso-das-obras-espurias-inscritas-no.html

agradeço
denise bottmann

Anônimo disse...

Denise,
Sou de opinião de que os direitos autorais (dos autores e das editoras) sejam cumpridos. Os tradutores também devem ser respeitados e prestigiados.